A mocinha tímida que me esconde o rosto e o olhar para que não lhe roube os traços a lente da objectiva. O miúdo, o 33 fashion que lhe recobre o peito de menino, e quiçá o sonho. Os braços retesados como que segurando o mundo, mas – chiça! – não é o mundo o olhar teimoso do burro que se contorce sob o peso da construção. A rocha empertigada no fundo do retrato como que a perfilar-se - também ela! - perante meu olhar de eterno espanto. A curva da estrada. A rocha. O menino. A timidez. A força. Ilha. Ilha na ponta dos meus dedos e na retina dos meus olhos. Ilha em mim que agora me afaga a memória enquanto escrevo...
(Foto de Paulino Dias)
3 comentários:
Feliz por ser a primeira a comentá-lo. Mais um blog, pelo simples prazer de ver... olhar e traçar umas linhas despretenciosas. Sem demagogias, nem grandes reflexões pseudo intelectuais!!!
Adorei. Fará parte das moradas a visitar. Parabéns.
Boas Paulino. Parabéns por mais essa. Um grande abraço deste amigo e leitor daqui de Lisboa.
Vavá (Valdevino Bronze)
Oi Paulino, PARABÉNS.
Mais uma forma de se deliciar com as tuas "estórias".
TDB(tudo de bom)esse blog, sempre há procura de um jeito de homenagear "nós terrra".
Felicidades
Fátima Spencer
Enviar um comentário