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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sobre violência policial - duas regrinhas à Sra. Ministra da Administração Interna!

1. Dizia há dias aqui que se trabalha em média 88 dias em Cabo Verde apenas para pagar imposto de renda ao Estado, para se poder ter "coisinhas" básicas como saúde, educação, infra-estrutura, SEGURANÇA, entre outras. A ausência da segurança (ou a sua insuficiência), portanto, já é em si uma violação grave do "contrato" entre o cidadão e o Estado, em que uma das contrapartidas exigidas àquele é precisamente o imposto que paga. Mas quando os próprios agentes que deveriam garantir a nossa segurança são os primeiros a violarem este nosso direito, então deixa de ser uma "mera" violação contratual para ser um crime, que deve ser denunciado, combatido, julgado.

2. Acabo de ter conhecimento de um caso alegadamente de violência policial e abuso de autoridade por parte de agentes da Polícia, contra o meu colega e grande amigo Marcos Furtado, fundador da empresa "Boca Doce", quando este procurava inteirar-se de uma tentativa de agressão contra a sua irmã e nossa amiga Jacqueline.

3. Primeiro veio o espanto: quem conhece o Marcos saberá logo porquê. Um indivíduo de finíssimo trato, muito humilde educado e gentil, gentleman à moda antiga, respeitador do próximo e incontestavelmente um dos líderes representativos de uma nova geração de empreendedores que começa a fazer escola (felizmente!) por estas bandas. Ainda na semana passada, exactamente pelo seu perfil e pelo exemplo, convidei o Marcos para proferir uma palestra aos meus alunos de um projecto sobre empreendedorismo e, mesmo já tendo conversado com ele em várias ocasiões, surpreendeu-me (e emocionou-nos) a sua história de vida, a sua humildade, o seu percurso profissional, o seu exemplo enquanto ser humano, jovem e empreendedor. No dia seguinte vários dos meus alunos dizia-me o quanto a sua mensagem positiva lhes tinha tocado e inspirado... Por isso o espanto. E a pergunta logo depois: Marcos?!

4. De seguida, a indignação. Agora não porque é o Marcos, mas porque trata-se de um ser humano, um cidadão num Estado dito de Direito. Mesmo que o Marcos (ou outro cidadão) tenha cometido alguma ilegalidade, justifica-se tal violência?! É esta a melhor forma de lidar com situações do tipo? Casta de sistema é este?! Onde estamos, porra??!

5. Por isso, enquanto cidadão e em nome dos meus 88 dias de suor para pagar os salários dos agentes de segurança que cometeram este excesso, venho por esta via solicitar à Sra. Ministra da Administração Interna o cabal esclarecimento deste caso. Quero ouvir a versão da Polícia (embora, digo logo que dificilmente irão me convencer da "bondade" de tal acto!). Enquanto cidadão, exijo que as responsabilidades sejam apuradas. Que os culpados sejam exemplarmente punidos e os excessos combatidos em toda a linha. Que o meu dinheiro (impostos!) seja efectivamente aplicado em prol do bem comum! Daqui deste cantinho, vou ficar à espera de notícias suas, Sra. Ministra! Aqui não há esta história de 100 dias de graça, inteirar-se de dossiers, conhecer a casa e tal! Aqui há necessidade de JUSTIÇA e defesa da legalidade! Imediatamente, Sra. Ministra!

6. Ao meu amigo Marcos, um grande abraço, em silêncio. Lembre-se do que nos disse semana passada sobre persistência. Este é um daqueles momentos em que desistir não é uma opção! À Jacquie também aquele abraço, estamos juntos. .

domingo, 3 de abril de 2011

Que lugar é este?

Ofereço um drop´s e um passeio até este lugar (em Agosto), para quem souber dizer que povoado é este e de onde a foto foi tirada:


(Foto de PD)

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