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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Como o tempo voa...!

Inda ontem o choro (de alegria) e a explosão de afecto quando te soube a caminho. Foi ali numa curva da estrada de Ribeira da Torre quando recebi a boa nova, lembro-me bem... Inda ontem a angústia da longa espera, a inquietação de te saber rapaz ou menina, o orgulho exibicionista de me dizer quase-pai já, e também o tiquinho de medo que me assaltava de quando em vez, confesso-te. Pela responsabilidade, naturalmente.

Inda ontem o telefone na cabeceira a dizer-me às 06h da manhã que estavas pra nascer ali no Hospital de Ribeira Grande. Inda ontem o nervosismo - o medo, outra vez, caramba! -, o primeiro choro, o primeiro banho, o primeiro arroto, o primeiro pupú na minha camisa que exibi ali nas ruas de Povoação como um moço doido. Os primeiros passos, a primeira queda do baloiço (ali em Ponta do Sol, lembras-te?), o primeiro tropeço, a primeira angústia - e desespero! - por te saber distante numa cama de hospital com a tua primeira febre...

Inda ontem as primeiras letras, a primeira carta que me escreveste - e que trago comigo ainda na carteira como o melhor dos meus tesouros! -, os primeiros livros sobre a tua mesinha de cabeceira. Inda ontem...

E agora, minha princesinha, assim quase que de repente, descubro-te assim:

Como o tempo voa...!


("Patrícia" - foto de PD)

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6 comentários:

Ivan Santos disse...

Grande Paulino!!!Pois é...o tempo voa msm...el@s fertilizam,nascem crescem num piscar de olhos...!!
Parabéns e felicidades

Paulino Dias disse...

Alô Ivan,

Thanks pela visita e pelo coments!
É verdade, não é...

Um abraço,
Paulino

Pauleth disse...

Pois é meu caro amigo, o tempo voaaaa e tão depressa que as vezes, quando damos conta ja estamos de bengala rsrsrs, lindona a tua filhota... vais ter mto trabalho pella frente :))))

Vera disse...

Paulinho
A minha já vai fazer 4 aninhos e tou de boca aberta, imagino tu, com essa quase mulher a porta.
Muitos parabens

Anónimo disse...

Eis o assombro, e o deslumbramento. Afinal o milagre da vida não se explica. Limitamo-nos a aceitá-lo com espanto. Uma das tentativas mais conseguidas que conheço é este poema do Eugénio de Andrade inserto num dos seus livros mais belos, “O outro nome da terra”, e que aqui partilho contigo/convosco:

Para que estrela estás crescendo,
filho, para que estrela matutina?
Diz-me, diz-me ao ouvido,
se é tempo ainda,
eu e essa nuvem, essa nuvem alta,
de irmos contigo.

Que não vos faltem alegrias.
ZCunha

Paulino Dias disse...

Thanks pela visita e pelo belo poema, ZCunha!

Um abraço,