No quarto número 120 de um hotel qualquer na cidade, dedilham-se vogais no silêncio de uma noite que se queria calma. Ao invés, saudades tuas. E ao longe, a voz no bar do rés do chão que me canta “sonho meu, sonho meu, vai buscar quem mora longe, sonho meu…”
Era para ir à esquina buscar um rosto onde deveria escrever um poema. Colher no sorriso da moça da recepção meu verso mais recente, espreitar por entre as frestas da janela a lua cheia que era suposto me endoidecer.
Mas que é feito do moço que escrevinhava poemas à hora do silêncio amordaçado? Tenho saudades tuas, já te tinha dito…
(...da varanda do hotel Porto Grande, numa noite qualquer de lua cheia a bombordo)
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1 comentário:
Lindo!
Diz! O que é feito desse moço?
A. M.
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