POESIA SEM NOME
Niterói, numa aula qualquer em 22 de Julho de 1999...
Agora não adianta
esta algazarra de sonhos à minha volta...
É inútil este fervilhar de ilusões
que em menino
embriagavam-me
(e ao Gilson. E ao Jôn Bunita. E ao César. E à Isa de Nhá Mari d’Jóna. E à Gracinda)
- nas canções de roda.
“Papagaio loiro,
de bico doirado,
toma esta carta prá levar ao namorado”
Já não tenho. Já não sonho.
Sinto. Sou.
Carne & osso. E nervos.
“Ó maleão maleão ai que vida é tua...”
Homem-ser na penumbra das horas,
um poema vagabundo à espreita
de novas rotas de fuga na linha do horizonte
(tragaram-me nas ruas do mundo
a alegre inocência dos meus 12 anos...)
.
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