Carrego comigo esta irremediável ânsia de partir. De me libertar das amarras e voar como um pássaro. Flutuar sobre o tempo, a memória, e o gesto interrompido. Esvaziar-me. Como um moço doido.
.
Estive sempre de partida. Estarei sempre de partida. A partida em mim é uma constante como um poema inacabado. Estou em todos os lugares e não sou de lugar nenhum. Vôo, simplesmente. Irremediavelmente.
Estive sempre de partida. Estarei sempre de partida. A partida em mim é uma constante como um poema inacabado. Estou em todos os lugares e não sou de lugar nenhum. Vôo, simplesmente. Irremediavelmente.
.
.
("Groguinha - o vôo do anjo", fotos de Paulino Dias)
8 comentários:
Olá Lino
Fiquei curiosa/preocupada com o voo do anjo, imaginando a terceira fotografia: 1) registando a queda “pláaa” do anjo num tanque cheio de água (verdinha). Essa posição de partida para um voo dói bastante na hora da aterragem, quer dizer da queda. Entretanto, o que vale é a intenção, ou seja, o voo... risos!!!
Bjs
Eury
Alô, Eury!
A terceira fotografia não existe. Propositadamente. Para dar a cada leitor a opcção de continuar mentalmente a sequência, conforme sua interpretação ou sua própria necessidade. Portanto, podes retomar o vôo e sobrevoar o vale, a ribeira, os pés de cana, os picos da montanha ao fundo, etc. Ou mergulhar no tanque para sentir a água morna de agosto.
Enfim, quis ser consistente com esta minha própria ambição de liberdade...rs.
Abração,
Oi
Sou amiga da Eurídice.
Acabei de ver o seu blog e gostei das imagens de Cabo Verde.
Quero conhecer o vosso país.
Um abraço
Oi, Criziany, tudo bem?
Obrigado pelo comentário. Será sempre bem vinda aqui em Cabo Verde. Tenho certeza que vais gostar. Mas não deixes de visitar a minha ilha Santo Antão.
Abraço
Olá de casa! Posso entrar? Já entrei.
Sou Jairzinho. Gostei da tua reacção ao meu texto no blog da Eurídice.
Quanto a este texto, compreendo-te muito bem. Alguém já disse que se Deus quisesse que o homem voasse o criaria com assas. A verdade é que não nos tendo criado com asas, criou-nos com o desejo, com a vontade, expressão do ser. Isto não é um filosofema ou figura de retórica, é aquilo que nos define quando somos de verdade - a vontade livre. Sem vontade livre ninguém voa. Voa rapaz, voa. Voa nas asas do desejo; voa contra os estereótipos e modus operandi.
Já agora convido-te para uma visita ao http://acontumaciadaexistencia.blogspot.com/
Força aí!
Valeu, Jairzinho!
P.S1. - gostei do teu blog, deixei-te lá um coment.
Abraços
Oi Paulino Tud Dret?
Grande voou..e grande maluco também,(claro, no bom sentido)
Pena não teres completado a sequência, pois fiquei curioso para ver como foi a entrada na agua.5 estrela, um verdadeiro salto d'anjo.Aproveito, pois esqueci-me de lhe agradecer o link que colocaste para o meu blog.O teu blog ta muito bom, vou passar mais vezes.Obrigado
Mantenhas
Valeu, Ferro!
Thanks pelo coment. Sobre a sequência das fotos, veja a minha resposta acima à mesma solicitação da Eury. Fica a critério de cada um completar mentalmente a sequência. Mas vou te dizer: o mergulho foi espectacular, naquela tarde de agosto lá no tanque de Marrador (Ribeira da Torre, Santo Antão).
Abraço,
Enviar um comentário