
2. Acabo de ter conhecimento de um caso alegadamente de violência policial e abuso de autoridade por parte de agentes da Polícia, contra o meu colega e grande amigo Marcos Furtado, fundador da empresa "Boca Doce", quando este procurava inteirar-se de uma tentativa de agressão contra a sua irmã e nossa amiga Jacqueline.
3. Primeiro veio o espanto: quem conhece o Marcos saberá logo porquê. Um indivíduo de finíssimo trato, muito humilde educado e gentil, gentleman à moda antiga, respeitador do próximo e incontestavelmente um dos líderes representativos de uma nova geração de empreendedores que começa a fazer escola (felizmente!) por estas bandas. Ainda na semana passada, exactamente pelo seu perfil e pelo exemplo, convidei o Marcos para proferir uma palestra aos meus alunos de um projecto sobre empreendedorismo e, mesmo já tendo conversado com ele em várias ocasiões, surpreendeu-me (e emocionou-nos) a sua história de vida, a sua humildade, o seu percurso profissional, o seu exemplo enquanto ser humano, jovem e empreendedor. No dia seguinte vários dos meus alunos dizia-me o quanto a sua mensagem positiva lhes tinha tocado e inspirado... Por isso o espanto. E a pergunta logo depois: Marcos?!
4. De seguida, a indignação. Agora não porque é o Marcos, mas porque trata-se de um ser humano, um cidadão num Estado dito de Direito. Mesmo que o Marcos (ou outro cidadão) tenha cometido alguma ilegalidade, justifica-se tal violência?! É esta a melhor forma de lidar com situações do tipo? Casta de sistema é este?! Onde estamos, porra??!
5. Por isso, enquanto cidadão e em nome dos meus 88 dias de suor para pagar os salários dos agentes de segurança que cometeram este excesso, venho por esta via solicitar à Sra. Ministra da Administração Interna o cabal esclarecimento deste caso. Quero ouvir a versão da Polícia (embora, digo logo que dificilmente irão me convencer da "bondade" de tal acto!). Enquanto cidadão, exijo que as responsabilidades sejam apuradas. Que os culpados sejam exemplarmente punidos e os excessos combatidos em toda a linha. Que o meu dinheiro (impostos!) seja efectivamente aplicado em prol do bem comum! Daqui deste cantinho, vou ficar à espera de notícias suas, Sra. Ministra! Aqui não há esta história de 100 dias de graça, inteirar-se de dossiers, conhecer a casa e tal! Aqui há necessidade de JUSTIÇA e defesa da legalidade! Imediatamente, Sra. Ministra!
6. Ao meu amigo Marcos, um grande abraço, em silêncio. Lembre-se do que nos disse semana passada sobre persistência. Este é um daqueles momentos em que desistir não é uma opção! À Jacquie também aquele abraço, estamos juntos. .
2 comentários:
Neste país quem deve ir preso é que não vai. Enquanto isso, a polícia pede licença aos selvagens que atrapalham a nossa tranquilidade e acumulam-se nas esquadras, saindo para as ruas apenas nos dias em que há tchotchoca mais, como no caso do Kriol Jazz Festival.Solidarizo-me com o Marcos, como disseste, um gentleman em toda a linha.
Hello trata-se a 1ª vez que encontrei o teu espaço online e gostei tanto!Bom Trabalho!
Cumps
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