A esta hora, era para ter já escrito um poema ou uma crónica, meu caro Cardoso. Em tua memória - diria certamente à laia de introdução. Seriam naturalmente versos entristecidos, desarrumados, jogados na folha em branco ao sabor da angústia e do espanto (ainda!) que nos vai a todos na alma. Dir-te-ia que ao cambar di Sol, a sombra de um homem é maior que si mesmo: e que nos antecede o rosto, nos antecipa conceitos, nos redefine os contornos. A sombra, os valores, o que somos, o que sempre seremos.
Hoje, caro colega, ficarei em silêncio. Sem palavras. Em jeito de protesto por esta forma tão inesperada de nos deixar...
Descansa em paz, Professor!
( "A sombra e o ser" - foto de PD)
.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário